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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

sábado, 2 de janeiro de 2016

ESPERANÇA E IMAGINAÇÃO

Uma agitação no ar! Geralmente é o que se sente nestes finais de ano, épocas em que se misturam as correrias para comemorar o sucesso, mesmo que pouco expressivo e, acima de tudo, bendizer a vida. Certamente, esse é o maior motivo que o ser humano tem para comemorar, acima de tudo se, ao longo da jornada de um ano, conseguiu preservar essa maravilhosa dádiva da vida.
Existem sim, em grande maioria, pessoas que se esquecem do quanto é importante conquistar a vitória do viver, sem ter sofrido danos consequentes do emaranhado das loucuras e violências que dominam essa nossa humanidade: loucuras de atentados à vida em nome de um 'deus'; instituições abaladas em seus alicerces por pessoas que prevaricam, se locupletam e se servindo do bem comum apenas em benefício próprio causando, dessa forma, escândalos sem precedentes em todas as partes do Planeta; violação de direitos; utilização maldosa e imoral das redes de comunicação para difusão, sem precedentes, de atos de pedofilia, pornografia e prostituição e, acima de tudo, a destruição de nossa Natureza.
Por esses tantos absurdos fica no ar uma frustração pelo muito que se deixou por fazer, não só individualmente, mas acima de tudo, pela impotência de se fazer algo melhor pelo coletivo universal. 
Propósitos não cumpridos são verdadeira tortura para o ser humano. 
Metas não alcançadas frustram e martelam a consciência de quem não as cumpriu, especialmente para aqueles que naturalmente são bons e, por acidente, deixaram de fazer algum bem e, casualmente, deixaram de amar os que estiveram por perto.
Verdadeiramente, amar é o motivo único e primeiro para se fazer a vontade do Pai, pois àquele que ama se permite tudo, visto que nada de mal nascerá a partir daquele que ama.
Quantos males não teriam sido praticados se o amor tivesse prevalecido nas ações!
Este é um ano que se inicia sem muita perspectiva se forem levados em conta somente os resultados tão frustrantes dessa jornada passada.
Ninguém, contudo, que ao menos se esforçou, deve sentir-se aniquilado, afinal toda a existência é um contínuo processo de aperfeiçoamento. 
Um caminhar, passo a passo que seja, levará cada um a realizar seus sonhos e aprendizados ao longo desse ano que se inicia. 
Fixar metas e vislumbrar sonhos. Focar o olhar nas estrelas e lá no alto depositar os ideais que estão adormecidos no fundo do coração, cá embaixo.
A partir de então, será necessário apenas não desviar-se desses propósitos revitalizantes, tomando atitudes firmes e tempestivas quando necessárias, com pureza de coração e espírito. 
Mesmo que as asas sejam pequenas para voar, a fé de cada um, com certeza, o alçará para grandes alturas. A fé faz voar sim e remove montanhas,  se cada um fizer o que lhe cabe. 
Deus acende luzes pelos caminhos a percorrer na medida em que se caminha, nem que seja como já dito, um pequeno passo a cada dia. 
Vale a pena lutar pelos sonhos, mesmo que pareçam impossíveis num certo momento.
O sonhar, em verdade, é que alimenta a Esperança a ser  renovada no íntimo de cada um, a cada dia, a cada momento!
Após fixar os ideais mais altos e encontrar a pérola preciosa de cada sonho caberá apenas, a cada um, a singela ação de imaginar.
Ter a capacidade de imaginar, isto é, criar a imagem dos desejos, possibilita ao Universo conspirar em favor de cada um, atendendo e concretizando as aspirações.
Afinal, o Pai é o exemplo mais generoso e imaginativo para todas as suas criaturas, bastando olhar atento ao redor para se perceber isso e valorizar ainda mais a Vida!
Nunca haverá alguém só e abandonado neste mundo vasto, tão diversificado e, às vezes, tão incompreensível!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CHAMA INTERIOR


Compromissos diários com isso e com aquilo nos afastam até do que é prazeroso. 
E, além de nos privar das coisas agradáveis, acabam exaurindo as energias e anulam a capacidade de concentração e reflexão. 
Jamais poderemos iluminar outras pessoas quando a própria luz está enfraquecida! 
Assim, devemos estar atentos e ser fortes, suficientemente, para seguir adiante em nossos projetos e ideais, em qualquer situação, caso contrário, ficaremos à beira do caminho. 
Não se tomando as devidas precauções, coisas pequenas do dia a dia podem nos derrubar e lançar-nos ao estado de letargia. 
Nestas ocasiões de estresse e cansaço, é preciso lançar mão de coisas simples para dar vida nova à nossa chama interior. 
Se, apesar processo de deterioração causado pela carga diária de preocupações conseguirmos, ao menos, manter nossa sensibilidade e nossa clareza espiritual, facilmente alimentaremos o brilho dessa luz. 
Da mesma forma que existem coisas pequenas que podem nos prejudicar, existem outras tantas coisas simples que fazem bem a nós e aos outros, também eles, necessitados de combustível suplementar para a chama interior. 
Chama de vida que começa a se exaurir quando caminhamos pela existência sem perceber o Belo e o Bom que nos circundam. 
Para os duros de coração e que se descuidaram de seu crescimento espiritual, a caminhada se tornará longa, sem brilho e entusiasmo sendo eles tomados, em sua plenitude, pela angustia e pela vontade de desistir. 
É preciso buscar entendimento e conhecimento profundo de nós mesmos, para entender tudo ao nosso entorno. Entender que os problemas só existem dentro de nós mesmos, e não fora de nós. 
Somos nós próprios que os criamos, os dimensionamos e os vivemos segundo nosso entendimento, nossa crença e nossa vontade. 
O conhecimento de nós mesmos, portanto, é que nos levará às mudanças marcantes que tanto almejamos e que nos conduzirá à paz interior, que nos pertence por dádiva Divina. 
Compreenderemos, inclusive, que o Reino de Deus, tão esperado, está já há muito tempo, dentro de nós. 
A proposta é mudarmos nosso interior, primeiramente, antes de querer que o outro e o mundo mudem segundo nossos critérios e nossos pensamentos. São, talvez, os princípios mais difíceis de serem absorvidos em todo o nosso processo de crescimento: a compreensão e a tolerância com o mundo e a realidade ao nosso redor.
Se nos buscarmos e nos encontrarmos, dentro de nós mesmos, encontraremos lá, também, o Céu. 
E, tenham certeza, naquele reduto de serenidade, esperança e confiança, não haverá mais espaço para tanta tristeza e tantas lágrimas. 
J. Rubens Alves

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A COLHEITA

É preciso semear para que haja a colheita dos frutos. Semeia-se primeiramente em terra boa e adubada. 
Em seguida, acontece o período de espera durante o qual é preciso zelar sobre a nova plantação. 
Tudo a seu tempo! De nada, portanto, adianta ao agricultor ficar ao lado da plantação tentando apressar a colheita.
Ocorre, então, o milagre da germinação através do trabalho manual daquele que cultivou a terra.  
O milagre é como um trabalho manual de Deus. Acontece quando cada um faz sua parte, quando cada um executa as suas ações com o propósito de cumprir tudo o que a intuição lhe sugere. 
Tudo, incluindo resultados das ações vem, porém, a seu tempo. Há tempo para plantar e para colher. 
A realidade de hoje, atropelada pela pressa imposta pela tecnologia e pelos sistemas, criam expectativas que, por sua vez, geram angústias causticantes nas pessoas que incutiram em suas mentes não haver mais tempo para nada se tornando, a maioria, escrava do tempo. 
E quanto mais imediatismo é imposto para se alcançar os resultados que se espera obter, tanto maior será o nível de angústia impregnando o ser. 
Com certeza, cada um a seu modo, com seus dons e aptidões, é uma continuidade da ação criadora de Deus neste mundo e por esse motivo mesmo, se deve buscar a excelência em tudo o que se faz.
Cada ação será executada para atingir, maravilhosamente, os propósitos que Deus sonhou para cada uma de suas criaturas. 
Assim, Deus age em tudo por meio de todos, com sabedoria e a bondade de um Pai. 
Ao se compreender que tudo está esboçado pelo Pai, vive-se com mais serenidade diante das decisões que se tem de tomar ao longo da existência eliminando, desta forma, muitas expectativas falsas que levam ao medo, à angústia e depressão. 
Omar Kayyan, poeta árabe, dizia "Maktub", isto é, está escrito. 
Essa consciência ajuda na compreensão de que ninguém é dono do mundo, apenas construtores de sua estrutura que se transforma a cada instante, na ação de cada um em particular, marcando um sinal no espaço do "não tempo", isto é na eternidade, para a qual todos estão destinados. 
Afinal, parece incrível, mas todo ser humano já nasceu destinado para ser eterno no momento em que foi escolhido para abrigar em si a centelha do próprio Deus que se propôs a individualizar, desta forma, sua grandeza no menor, para sentir sua criação, em todos os detalhes, de maneira única e diferente, assim como é cada ser humano: diferente como são, entre si, os flocos de neve. 
Crer que assim é porque, caso contrário, seria vão e fugaz viver apenas essa realidade do tempo-espaço que terminará sempre no ocaso da existência. 
Por esse motivo, deve-se compreender que "se Deus não edificar a casa, em vão trabalham os construtores; se Deus não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela’, tal como canta os Salmos 127 e 128 e que podem ser lidos na Bíblia Sagrada. 
A exemplo do agricultor que vive na certeza de bons resultados na colheita, cada ser humano deve semear suas boas sementes e esperar que delas sejam gerados os melhores frutos em agradável colheita quando, enfim, viverá as delícias do 'não-tempo"! 
J. Rubens Alves

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

LAVA A JATO


Nestes tempos, o cidadão comum é surpreendido, cada vez mais, pelas divulgações de casos de escândalos envolvendo membros de governos, políticos e empresários em negócios não muito limpos ou pelo menos imorais, não só no Brasil, como em várias partes do planeta!
As cifras milionárias envolvidas nesses negócios espúrios de troca de favores, cartel, protecionismos e propinas assustam e deixam atônitas as pessoas comuns, que penam para viver em acordo com leis mal elaboradas, em geral para minorias e, ainda, sobreviverem com os ganhos honestos de seus trabalhos.
Para aqueles que transitam por esses desvios perdulários, absurdamente os fins justificam os meios e, por isso mesmo, não se importam em delapidar o Estado em seu favor, ferindo éticas, esquecendo valores e prejudicando instituições.
Verdadeiros ratos de porões que passam sua vida a tramar e urdindo sobre qual a melhor maneira de inflar os patrimônios pessoais, lançando mão das artimanhas que lhes vem na imaginação.
Nem é preciso lançar um olhar profundo para encontrar pessoas que se sentem imbatíveis por terem acesso ao poder e ao dinheiro.
A ambição descontrolada torna os viciados em ganância, verdadeiros cegos que já não visualizam, com clareza, os caminhos sombrios e tortuosos por onde se embrenham. 
Esse desejo de obter mais e mais poder e acúmulo descomunal de riquezas leva seus protagonistas à perda do bom senso e da sensibilidade transformando-os em ladrões de casaca.
Tornam-se audaciosos a ponto de dar continuidade aos crimes, mesmo quando já são caçados pelas investigações.
Trata-se de um processo vicioso que visa, única e exclusivamente, a manutenção da engrenagem dos negócios sórdidos em benefício próprio.
Com ares de pessoas sérias, se envolvem somente com aqueles que lhes servem de engrenagem e se encaixam em seus propósitos escusos, de tal maneira, que se torna quase impossível, por sua vontade própria, retornar à consciência e ao estado normal de vida.
Aqueles cidadãos normais que, graças a Deus ainda são a maioria, diante de toda essa imundície que atinge muitas nações, em especial a nossa nos últimos meses, sentem-se inconformados, ofendidos e desolados.
É uma sensação de humilhação. Ela brota da enxurrada de descalabros políticos, do desgoverno, violência e dos crimes decorrentes da falta de leis severas que aniquilem de vez a impunidade.
Aos que se incluem na soma dos normais, resta ainda muita esperança, pois ela sempre será a última a ser delapidada.
Mesmo diante do mais repugnante, ninguém deve se deixar envolver pela falsa ilusão de que tudo está perdido e permitir-se afogar nessa pobreza de espírito instalada na Nação, decretando morte prematura dos sentimentos generosos e solidários presentes em si e em cada um que ainda acredita na Justiça, ainda que tarda e, às vezes, falha.
Tenham uma certeza: aqueles que só pensam em ganhar a vida com base nessas ações desonestas e imorais como as que estão sendo regurgitadas pela "Operação Lava a Jato" no Brasil, cedo ou tarde, acabarão perdendo a própria vida, porque essas não são e nunca serão as verdadeiras essências que a alimentam.

Tudo o que os ladrões de casaca um dia tramam e negociam, escondidos na escuridão dos porões, noutro dia, próximo ou mais distante, será proclamado abertamente, para que todos possam ver e ouvir.
Isso ocorrerá quando forem pegos de surpresa pelas garras daquela verdadeira Justiça que não verga diante do poder e do dinheiro.
Será um passo para transpor a barreira do mal que separa a criatura do do Bem Maior. Em frente, sempre!
J. Rubens Alves

segunda-feira, 6 de julho de 2015

DECIDIR PELO BEM

Sempre se apresentam duas alternativas para a maneira de ser, isto é, o modo de agir do ser humano. 
As tendências atuais, fincando suas bases em um pragmatismo simplista, induzem cada indivíduo a fazer uso de sua razão, porque os resultados visados não são outros senão os lucrativos, aqueles que trazem certa paz temporal, quase sempre passageira. 
Ao utilizar a razão (entenda-se nesse caso razão como evidências reais) para decidir sobre suas práticas, os indivíduos ficam expostos às leis que regem o mundo temporal e prático, pois estas influem diretamente no resultado social. 
Quando, porém, é utilizado o coração (entenda-se neste caso o coração como amor), para a tomada de decisões, não se fica dependente da lei, porque essas decisões são fundamentadas em práticas de virtudes, em especial na mansidão gerada pelo amor.
Baseando-se num texto de Paulo de Tarso aos Gálatas, compreende-se que a razão trata das coisas do tempo e do espaço e o coração trata com as coisas do espírito. 
Refletindo desta forma, a razão apresenta desejos contrárias aos do coração, e vice-versa. 
Da mesma maneira, constata-se que todas as decisões tomadas a partir da razão ficam passivamente sujeitas às leis comuns, porque essas decisões são puramente materiais e, obviamente, sofrem influências naturalmente carnais. 
As decisões assim tomadas, conforme alude o texto aos Gálatas, são respingadas pela libertinagem, inveja, bebedeira, inimizades, idolatrias, intrigas, iras, discórdias, feitiçarias e demais fraquezas.
Esses caminhos sujeitam o ser humano às punições, decorrentes dessas ações, emanadas pelas leis dos homens. Essas fatalmente se desdobram em outras obras más. 
Diversamente, as obras e ações originadas pelas decisões do coração se sustentam em obras de amor, alegria, paz, benignidade, bondade, lealdade, mansidão, temperança, sinceridade e outras virtudes que elevam para outro patamar o ser humano em sua plenitude. 
Com certeza, ações como essas não se sujeitam às leis divinas, nem tampouco às leis dos homens, pois delas é impossível verter sequer um filete de mal. 
Contra as coisas e ações do coração (amor) não existem sanções previstas em lei porque elas, em momento algum, cooperam para a maldade e declínio de um indivíduo ou do coletivo. 
Decididas as questões cotidianas da existência humana pelo lado do coração (amor), com certeza abrem-se portas para momentos de verdadeira paz, pois assim já não prevalecem os desejos perigosos da razão. 
Torna-se possível herdar parcialmente, ainda em terra, o Reino de Deus que se baseia na prática do amor, da justiça e da paz. 
Todo aquele que tentar proceder dessa maneira, agindo e decidindo um pouco mais pelo coração, sentirá uma grande diferença em sua vida e nos resultados que obterá em consequência dessa decisão.
Nesse sentido prosperará, em todos, sentimentos de esperança de que o mundo pode e deve se tornar melhor, sem as delinquências, maldades, agressões e idealismos espúrios que poluem e degeneram o ser humano, a natureza e as instituições!
J. Rubens Alves

quarta-feira, 20 de maio de 2015

DESCONECTAR



Impossível você não notar ao redor a quantidade de pessoas falando ao celular, sem ao menos se darem conta do local onde estão, ou sobre o assunto que tratam sem o mínimo pudor. 
Incrível, até nas igrejas há sempre alguém transgredindo a sacralidade do local e, mesmo no momento mais sublime da celebração, está mais preocupado com suas ligações e recados.
Nas agências bancárias, pessoas na fila de atendimento não se dão conta que, ao falar em voz alta no celular deixam, em público, parte de suas vidas e intimidades de cunho familiar, financeiro e, vejam só, intimidades amorosas. Caem, sem perceber, no ridículo!
Ficam completamente desnudos, sem perceber que, ao seu redor, outras pessoas estão ouvindo tudo o que dizem nos malditos aparelinhos que se multiplicaram na base de dois para uma pessoa, em média!
A tecnologia é ótima, traz benefícios inimagináveis, mas quando mal empregada, distancia pessoas e divide famílias. 

Esse distanciamento é o efeito produzido pelos laptops, televisões e celulares mal e excessivamente utilizados.
Em cada cômodo da casa, cada um se fecha e isola em suas alucinações com esses aparelhos.
Os riscos de acidentes se multiplicaram, segundo pesquisas recentes, com pessoas sendo atropeladas quando atravessam as ruas e avenidas, com os fones conectados aos celulares.
Além de proporcionarem riscos de invasão na privacidade, os celulares viciam jovens e adultos aos jogos virtuais  e servem aos bandidos que, até mesmo do interior das prisões, continuam a praticar crimes e golpes. 
Tal como o excesso de comida, tal como as dependências químicas, o uso incontrolável desses recursos torna-se uma doença, um vício.
O pior de tudo, a parafernália dos tempos modernos e da tecnologia avançada contribui para as divisões familiares e a sua deterioração
Para não se perder o controle sobre essas maravilhas da modernidade, é preciso buscar uma disciplina sobre seu uso e o tempo que se emprega na sua utilização.
É impossível, é verdade, voltar no tempo para um controle efetivo sobre essas tecnologias que servem tanto ao bem quanto ao mal.
É possível, contudo, cutucar o senso crítico que resta ao ser humano e levá-lo a refletir sobre esse assunto, aparentemente, tão normal e corriqueiro! 
Os mais iluminados, com seu exemplo e exortação, têm obrigação de incentivar as pessoas ao seu redor a se livrarem dessa dependência maléfica e mostrar-lhes os benefícios da desconexão...
J. Rubens Alves

domingo, 5 de abril de 2015

O GRANDE PAPAI

Certo dia conversava com um amigo. Além de profissional talentoso em Odontologia e conhecedor de muitos segmentos da cultura, ele possui uma visão simples da existência, considerando maravilhoso todo ser humano que faz da vida, uma experiência individual de Deus e um sinal de fé simples e singela. Na compreensão deste meu amigo, simplesmente devemos crer, aceitar Deus e a maneira como Ele se manifesta a cada um, sem ficar buscando grandes respostas aos questionamentos existenciais. Deve-se aceitar Deus e Seu projeto, especial para cada um, não escolhendo o que fazer ou filtrando ações, segundo conclusão própria, mas simplesmente, vivendo-se de acordo com a fé que se possui, os acontecimentos de cada dia. Mais ou menos ele queria dizer que, a base da vida cristã está no ato de escolher Deus e não suas obras. Sem perceber, esse amigo refletiu o pensamento de François X. N. Van Thuan, Cardeal Arcebispo de Saigon, um iluminado em suas revelações, recebidas durante o período em que permaneceu prisioneiro no Vietnan quando, com sua simplicidade de estilo e linguagem, partilhou em um livro, essas experiências e reflexões práticas sobre a vida e atitudes do ser humano e que servem para qualquer povo crente em Deus, independentemente se católico, cristão. François diz: “Escolher Deus e não as obras de Deus. Esta é a base da vida cristã, em qualquer época. E é, ao mesmo tempo, a mais autêntica resposta ao mundo de hoje. Sei que minha vida é uma sucessão de opções, a todo instante, entre Deus e as obras de Deus. Uma opção sempre nova, que se transforma em conversão. Maria (por exemplo) escolheu Deus, abandonando os seus projetos, mesmo sem compreender plenamente o mistério que se estava realizando em seu corpo e em seu destino. A partir daquele momento, sua vida se tornou um ‘sim’ sempre renovado. Sim que se atualiza sempre na mesma escolha: Deus e não as obras de Deus”. Essa opção encerra nossa escolha pelo amor, porque Deus, em sua essência é Amor. Esse meu amigo, também, me surpreendeu ao dizer que, além de considerar Deus como Papai, tal como Jesus ensinou, ele sente esse Deus como um Pai extremamente afetuoso e brincalhão! E isso ele justificou dizendo que Deus é tão brincalhão que deixou a marca de Seu sorriso e de Sua alegria em vários animais: na girafa, no macaco, no papagaio, no elefante, no cãozinho bagunceiro e em tantos outros animais da criação. Afinal, todos eles alegram a vida e não deixam de arrancar ao menos um sorriso da cara carrancuda de Seus filhos amados! É verdade: Deus é Pai, bondoso e brincalhão, porque deixa seus filhos livres, buscando seus caminhos, sejam quais forem até que, em alguma hora extrema e grave, se manifeste mais claramente, para acabar com o recreio demorado da vida! J. Rubens Alves