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A BELA E A FERA: UMA REFLEXÃO

Celine Dion & Peabo Bryson - Beauty And The Beast (HQ Official Music Video) Esta bela canção deu vida e sentimento à Bela e a Fera, ...

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SENSIBILIDADE

A razão é sempre a mesma para todos: as preocupações diárias. Ora isso ora aquilo e lá se vai o tempo, perdido e corroído. 
Um breve descuido basta para a impregnação do ser com energias negativas que, além de serem infrutíferas, destroem as bases da paz interior e o afasta de tudo o que é prazeroso. 
Basta afrouxar a vigilância e as forças interiores ficam exauridas e o brilho da própria luz se esvanece. 
Como alguém pode iluminar outras pessoas quando sua própria luz está enfraquecida? 
Quando se percebe essa sobrecarga de preocupações, prudentemente é preciso dar uma freada em tudo, atividades e decisões, e refletir assim: O problema existe? É solucionável? Se é simples que seja resolvido, caso contrário siga-se adiante abandonando-o às forças do Universo, pois se não há solução prática, humanamente viável, de nada valerá uma só lágrima, ou uma lamentação. 
Para nada adiantará ficar girando ao redor de qualquer situação. 
E, para seguir adiante, para resolver ou não qualquer situação adversa, é preciso ser forte, caso contrário, ficar-se-á à beira do caminho. 
Se faltam as forças para se vencer essas situações e contradições, coisas bem pequenas bastam para derrubar a pessoa em todo seu estado de ser. 
As pequenas contrariedades, se forem somatizadas e não administradas de forma correta, serão suficientes para derrubar estruturalmente qualquer um que não estiver devidamente preparado. Assim, a caminhada se torna longa, sem brilho, sem entusiasmo e, por isso, vem a angústia e a vontade de desistir. 
Como se evitar essas ciladas e se transpor de forma vitoriosa as peças pregadas pela vida temporal e evitar que a chama interior se apague? 
Para reavivar e manter chama interior bem incandescente, coisas simples são suficientes. E, por isso mesmo é importante manter sempre ativa e viva a sensibilidade, pois através dela é que facilmente se alimentará o brilho dessa luz. 
A sensibilidade é um dos dons maravilhosos que o Divino concedeu a todo os seres humanos, porque através dela é que se pode sentir as intuições que enlevam e mantém o ser consciente de sua tênue ligação com a Origem, com sua verdadeira Realidade que não é, certamente, a realidade temporal. 
O ser humano mantém apenas uma esmaecida lembrança de sua verdadeira origem, não consegue lembrar-se bem de onde veio e para onde deve ir mas, bem lá no seu âmago sabe que há Algo bem maior que sinaliza constantemente. 
Essas respostas, essas intuições que equilibram todo o ser só podem ser esclarecedoras na medida em que cada um manter sua sensibilidade aguçada e com as portas abertas para recebê-las de forma acolhedora. 
Existem tantas coisas simples que fazem bem a cada um e aos outros, que também precisam de combustível novo para a chama interior, ou seja a chama da sensibilidade
Essa chama de vida começa a diminuir quando se caminha pela existência sem perceber o Belo e o Bom que está a circundar todo ser humano, sem exceção, lembrando que o Belo e o Bom são a expressão mais evidente de Deus
Cada um precisa buscar entendimento e conhecimento profundo de si mesmo para entender tudo que lhe diz respeito e, a partir de então, compreender seu entorno, o mundo, a realidade temporal, inclusive suas contrariedades e sinas, compreendendo que elas são fugazes e passageiras. 
O conhecimento interior é que provocará as mudanças marcantes que tanto se almeja e poderão, real e plenamente, transformar o Ser com nuances e reflexos de perfeição, tal como a possui o Belo e o Bem
Transformação que é essencial primeiramente para si mesmo, sem querer que o outro e o mundo mudem segundo a imposição de critérios individuais e que lhe são pertinentes. O máximo que se pode fazer diante dos outros é exortá-los e convidá-los, também, a reavivar a chama da sensibilidade, despertando-os para a verdadeira e valorosa riqueza.
Ter sensibilidade é sentir que parte de Deus se individualizou sob a identidade de cada um. 
E, se cada um buscar dentro de si, encontrará o Céu. E com certeza, lá não há lugar para lágrimas e angústias. 
Definitivamente, o Reino dos Céus, "que está tão próximo" é singelamente um estado de espírito. "Quem tem ouvidos, ouça!" 
J. Rubens Alves

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A MEDIDA DO AMAR

Como seria bom e salutar se, nestes tempos de tanta instabilidade no plano mundial, Algo ou Alguém conseguisse unir os corações em torno de um único desejo: amar mais.
O caminho seria, talvez, a capacidade de cada um em fixar os seus ideais onde se encontram as verdadeiras alegrias que são, por si mesmas, frutos provenientes do Amor.
É possível amar mais? Qual é a 'capacidade volumétrica' do amar?
Uma maneira muito singela em responder essa questão é simplesmente relembrar que cada um é a sua própria medida do amor: "Amarás ao próximo como a ti mesmo"!
Esta verdade revelada há mais de dois mil anos por Jesus de Nazaré é penetrante como uma faca e fecunda as pessoas até hoje, ensinando de maneira direta e sem rodeios que, da mesma forma e medida com que cada um se ama (plenamente em corpo e espírito), será esta a sua mesma capacidade de amar o outro. 
O amor externado só para cumprir obrigações solidárias, realizar gostos pessoais, livrar-se de pressões ou satisfazer caprichos, acaba não sendo autêntico, nem verdadeiro e, por cima, anula a beleza e espontaneidade do amor verdadeiro, porque a sua manifestação se torna obsequiosa e aduladora,  maculada por interesses e condições.
Então, olhando dessa forma, essa medida de amor poderá ser comparada ao Universo que é infinito ou limitada ao tamanho de uma casca de noz, ou até menos!
O verdadeiro amor, quando incondicional e desinteressado, transborda em seus limites e se torna infinito, tanto para quem o doa, quanto para quem o recebe.
Quando qualquer ação individual, tanto de quem dá quanto de quem quem recebe o ato de amor, faz o Ser anular-se diante de gostos que parecem necessidades, significa que se perdeu a verdadeira capacidade de amar!
Amar é saber distinguir estes detalhes sutis e, se for preciso, saber até dizer um 'não' sem machucar!
Da mesma forma, quem recebe um ato de amor, não pode se considerar capaz de medir a forma ou extensão com que ele está sendo expressado.
O volume recebido de amor será medido com a mesma medida de amor que o receptor cultiva e usa dentro de si e por si mesmo.
Tais cuidados devem ter tanto aquele que pratica e emana o amor, quanto aquele que recebe e acolhe o gesto de amor.

Somente o egoísmo anula o ato de amar, pois o transforma em instrumento de domínio, escravizando aquele que se doa ou aquele que recebe os frutos do amor.
É dessa maneira que cada um compreenderá que, quem se doa com sinceridade, está se entregando em seu limite e, portanto, dele não exigirá mais nada.
Simplesmente aceitará e receberá, com gratidão, aquilo que recebeu do outro. Se exigir mais, estará anulando, de forma egoísta, aquele que o amou.
Parece um exercício difícil, mas a reflexão sobre a medida de amar e de ser amado, pode ser o início de mudanças radicais na postura e modo de cada um viver um novo processo de amorização da própria vida e da vida dos que estão mais próximos.
J. Rubens Alves





domingo, 29 de junho de 2014

A ESPERANÇA VIVE


Brevemente se iniciará a corrida pelas urnas em frenética busca pelo voto do povo hoje ainda embebido e extasiado pela magia da Copa do Mundo, em estado de profunda letargia.
Nunca as pessoas duvidaram tanto de instituições e de pessoas poderosas visto nestas faltar, acima de tudo, a verdade.
O sucesso de quem comanda e se agarra ao poder, na maioria das vezes, vem através da injustiça, da usura, do prejuízo aos mais fracos e indefesos, do abuso e cinismo no agir, não importando  pessoas e valores.
Os mesmos que duvidam de instituições e das pessoas que detém o poder, devem igualmente discordar e duvidar dos pequenos grupos quebradores de vitrines, agências bancárias e saqueadores de comércio porque, certamente, eles compõem um grupo orquestrado na manipulação das pessoas buscando, da mesma forma que os grupos legalmente instituídos - só que por vias da violência - a única coisa que pode saciá-los: o poder sem limites!
Diante de tudo aquilo que já se assistiu ao longo da vida e da História, em especial nos últimos tempos, pode-se afirmar que, cedo ou tarde, aquele que faltou com a verdade, que progrediu pela injustiça e usura, enriqueceu à custa dos mais fracos e indefesos, ou oprimiu por meio da violência, pagará um preço altíssimo pela verdade que transgrediu ou escondeu e pelo mal que cometeu através de suas ações.
Ninguém que vende uma imagem mentirosa escapará no futuro de experimentar do próprio veneno. Seus galhos murcharão e não produzirão mais flores ou frutos, nem em suas gerações futuras.
Essas afirmações não são proféticas, porém, resultado de reflexão singela sobre casos passados ao longo da História, através dos quais ficaram marcadas personagens que agiram de maneira fria e bestial, simplesmente em prol de seus interesses de ganância e poder.
Maximiliano M. Kolbe, missionário símbolo do ‘holocausto de amor’ dizia: ‘Ninguém no mundo pode mudar a verdade. Somente o que podemos fazer, quando a encontramos, é abraçá-la e aceitá-la. O grande conflito de hoje é um conflito interno.
Existem, de fato, tantos conflitos e ocupações de exércitos pelo mundo inteiro, que provocam grandes desastres.'
Essa afirmação nos indica que existe, antes de tudo o que se tem visto, outro conflito mais próximo.
Trata-se de um conflito entre dois pontos inconciliáveis no profundo de nossas almas: o bem e o mal, o ódio e o amor, o bem comum e o bem próprio. Em outro aspecto: escolher entre ética e pilantragem, entre o poder e o servir.
De que maneira, pois, valeria dizer sobre uma vitória na política (em especial na que se vê por aqui), uma vitória no campo de batalha nas avenidas das grandes cidades, no trabalho, no relacionamento social, se permanece o conflito no profundo da alma sobre a identidade de cada um, sobre a sinceridade no relacionamento dos reais interesses que cada um cultiva em seus corações, ou do comportamento daquele que se tornará um  mandatário de um País?
Como se pode ser feliz quando se passa uma imagem que não é a verdadeira através da mídia? Quando se perde a noção dos valores reais e, às vezes, a noção do valor absoluto que a vida realmente encerra?
É impossível dois sentimentos tão opostos, duas caras, conviverem sem conflitos mesmo que, por combinações mágicas!
Por algum tempo podem ludicamente enganar até aqueles que, de maneira quase pura, são autênticos, de cara limpa e, ainda por cima, se esforçam para manter seu caráter intocável.
O tempo revelará, conforme seus caprichos, aquele que usou de artimanhas e falsidades para tentar iludir todo um povo que, por natureza, é puro de coração, amante da vida, da solidariedade e, acima de tudo, apaixonado por tudo o que seja verdadeiro.
Mesmo quando as coisas parecem confusas e desalentadoras, todos deverão acalentar em seus corações a esperança por um País mais justo e humano, no qual prevaleçam o respeito à vida, à liberdade e à igualdade ao acesso às benesses que o governo tem proporcionado a poucos privilegiados.
O tempo para mudanças radicais está próximo, quando cada um com o coração e a consciência devidamente amoldadas pela verdade, se encaminhará às urnas, onde serão partícipes de uma batalha sem violência e sem guerrilhas.
Com a esperança que é viva e a vontade de mudar a mentalidade, tanto própria quanto daqueles mais próximos é que uma vida mais plena de harmonia florescerá com amor, paz e alegria à qual faz jus este lindo e grande Brasil!
J. Rubens Alves

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A PORTA

Para que você alcance a plenitude de vida é preciso aprender a esvaziar-se. Antes de tudo, você deve tirar de seu interior coisas novas e velhas. Só é possível transformar-se na medida em que se esvazia.
Como é possível acolher conteúdo novo se dentro de você não há mais espaços, todos eles ocupados por preconceitos e verdades discutíveis? Se você refletir, nem há mais espaço para Deus.
Só é possível saciar-se de um Espírito novo ou acolher o semelhante e outras revelações, se houver disponibilidade de espaço dentro de você!
E esta porta de entrada e saída, pela qual se acolhe ou se rejeita, possui somente a fechadura de um lado: dentro de você, o único com poder de abri-la.
Se você decidir por não abri-la, ninguém será capaz de transpô-la. Tudo que é novo e símbolo de mudança e transformação será incapaz de penetrar e produzir seus frutos, sem sua permissão. Até mesmo Deus respeitará sua decisão.
Se não houver, de sua parte, uma resolução forte e um real desejo por transformação do ser (do viver), então você continuará a conviver entre o inferno e o paraíso, sem condições de jamais alcançá-lo. Mesmo em condições de aumentar sua longevidade física, continuará a envelhecer dentro de seus limites e de suas mazelas.
Não basta desejar mudar. Mudar não implica em grandes sacrifícios. Muitas vezes, uma camada de verniz muda a aparência, mas só superficialmente. É preciso, porém, querer transformar-se. Transformação é algo bem mais profundo, porque mexe com estruturas do saber, do conhecimento pragmático e tecnológico. Em contrapartida, faz brotar e crescer um ser mais espiritualizado e humanizado dentro de você.
Essa combinação de mais humanismo e espiritualidade produzirá grandes mudanças que aplainarão seus caminhos eliminando, inclusive, as imperfeições sociais porque, na maioria das vezes, elas são frutos da ganância e da falta de amor aos semelhantes, incrustados despercebidamente no seu íntimo.
Alimente, pois, a esperança por períodos melhores em sua vida e na dos semelhantes, acreditando no potencial dessas transformações de natureza espiritual e humana.
Com essa consciência você não correrá o risco de ver o convívio com o vertiginoso progresso tecnológico fugir de seu foco principal: o próprio homem em sua plenitude!
J. Rubens Alves

sexta-feira, 28 de março de 2014

SÍNTESE

Em síntese: Aquele que o Mal pratica às escuras e às escondidas se torna vilão e carrasco de si mesmo, pois no seu íntimo, ele mesmo se julga, se condena e, por fim, penaliza todo o seu ser. Enfim, se corrói por dentro, indefinidamente, ignorando que tudo, bem ou mal, benção ou maldição, retorna como eco!! 
J. Rubens Alves

quarta-feira, 5 de março de 2014

PALAVRAS ANTIGAS PARA UM TEMPO ATUAL

 Muitos gostariam de se expressar sobre tudo quanto está acontecendo escancaradamente, em clima de escárnio e deboche, no âmbito do poder, da política, da justiça. 
A verdade é que faltam as palavras certas, que traduzam o que a razão e o coração sentem.    
É bem propício, nestes tempos de repugnância e amargor figadal, o texto proferido, em 1918, por Rui Barbosa e relembrado nas redes sociais nos últimos dias que sacia, em parte, a sede de cada brasileiro em expressar seus sentimentos, sem o ímpeto de quebrar e destruir o que vê pela frente.
Ao menos, faz corar aqueles que, investidos de algum poder, ainda assim possam cultivar o mínimo de caráter e vergonha.
O grande Barbosa (o Rui), há quase cem anos expressou seus sentimentos machucados, tanto quanto os nossos atualmente, tal como se escrevesse para o outro Barbosa de nossos dias (o Joaquim): 
   "Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. 
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-Mater da sociedade, a demasiada preocupação com o 'eu' feliz a qualquer custo, buscando a tal 'felicidade' em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. 
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos 'floreios' para justificar actos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre 'contestar', voltar atrás e mudar o futuro. 
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. 
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.   Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo! 'De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto'. (Rui Barbosa - 1918)!
Apesar de ressentidos com tamanha anomalia no primor pela verdade, o transloucado desvio da ética trocada por benesses, da falência do caráter comum nas pessoas de bem, ainda é um consolo saber que ainda resistem, valorosa e heroicamente, muitas grandes e corajosas pessoas que não se calam, a exemplo de grandes "Ruis".
Na existência é importante não deixar rastros disformes, mas uma história bem escrita e de cara limpa!  
J. Rubens Alves

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ESPÍRITO DE NATAL



   Um velho dito popular diz que "uma só andorinha não faz o verão"! O mesmo não se pode dizer sobre o Espírito de Natal: o Espírito Natalino é como um vento que sopra e chega a todos, dependendo de cada um abrir suas portas para acolher.
   O verdadeiro Natal, encerra todo um aspecto espiritual e simbólico do grande Amor de Deus para com todos, que se encarna em nossa frágil humanidade para reconstruir todo um caminho de volta para o lugar de onde pertencemos.
   Antes disso foi preciso que Ele encarnasse como todo ser vivente e vivesse toda a experiência que cada ser humano experimenta.
   O Natal não se limita somente aos aspectos materiais e comerciais impostos, pois a sensibilidade e o amor que todos sentem vontade em partilhar neste dia não dependem, nem um pouco, do ato de dar presentes, mas  das atitudes solidárias e fraternas que todos podem ofertar àquele que lhe estiver mais próximo.
Assim, não haverá sentido encontrar número tão grande de pessoas reclamando que o Natal desses tempos está mais triste.
Essa falsa visão pode vir a partir de pessoas desencantadas com as situações, com os relacionamentos, com a falta de recursos financeiros adequados, enfim, desencantadas com a vida.
E tudo isso, com certeza, não se associa ao verdadeiro Espírito de Natal que é a graça do Deus entre todos nós. Do Deus que é de paz e de prosperidade.
Quem não acolhe essa presença de Deus cotidianamente em sua vida, em sua casa, com certeza, não será capaz de abrir mão de tantas coisas pequenas, resumidas em preocupações banais do somente ter e possuir.
Que o Menino Deus esteja presente em cada moradia, em meio a cada família neste imenso mundo a perder de vista, no coração de cada pessoa esteja onde estiver. 
Que o Menino Deus, em especial, esteja com cada um dos milhares de leitores que acessam esse Blog ao longo do ano.
Nos unamos, em espírito, eu, você e e cada um, ao estilo de um grande instrumental elevando cânticos de agradecimento por tudo o que o Senhor Deus aprouve nos ofertar como presente, sobretudo o maravilhoso dom da VIDA!!!! Amém!
FELIZ E SANTO NATAL!!!!
PRÓSPERO ANO NOVO!!!!
BOAS FESTAS!!!
J. Rubens Alves


domingo, 22 de dezembro de 2013

PEQUENAS COISAS

É maravilhoso professar o amor pela vida,  manifestando a alegria por tudo o que ela oferece. 
Se vivemos é porque fomos escolhidos para receber esse dom supremo. 
Assim, é necessário viver com intensidade e temperança porque  tudo o que a vida proporciona é bom, desde que tudo seja vivido com equilíbrio e bom senso.
Essa demonstração amorosa pela vida poderá ser prejudicial se o ser humano cair na tentação de apegar-se a tudo o que existe de bom, a todos esses detalhes maravilhosos da vida, desejando que tudo continue indefinidamente, sem compreender que, em algum momento, haverá um termo a essa aventura. Afinal, não há como querendo evitar o inevitável.
A ingenuidade de viver tudo o que a vida oferece, como se não existisse nada além dessa dimensão material, torna o ser humano egoísta e pequeno demais, vulnerável diante de outras realidades que compõem a existência, como por exemplo, o estar frente a frente com o fim da vida e do mundo.

Quando se faz menção a essas duas realidades, morte e fim de mundo, mesmo em forma de boatos ou de previsões escatológicas, as pessoas apegadas demasiadamente aos bens materiais e às delícias maravilhosas da existência se sentem desnorteadas e sem sustentação.
Deixar-se envolver por essa ingenuidade, de que nada nesta vida é passageiro, é prejudicial. 
Enganar-se nesse pensamento certamente é permitir-se afogar ainda nesta vida, perdendo-se nela própria.
É fazer da própria vida uma morte prematura, mesmo que seja uma “pequenina morte” ao se angustiar pelo porvir desconhecido, ou buscando alternativas de se safar do inevitável fim.
Viver plenamente, através das pequenas e renovadas experiências que simplesmente acontecem porque devem acontecer, conduzem o ser humano à sensação de paz e felicidade.
Muitos perdem a vida, seu sentido e sua felicidade correndo atrás de coisas grandiosas, enquanto a sabedoria indica que nas pequenas coisas é que se ganha plenamente vida!
J. Rubens Alves

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

AÇÃO DE GRAÇAS


Hoje é dia de Ação de Graças. Poucos se lembram disso. Somos verdadeiramente gratos com Deus pelo dom da vida, da lucidez, da saúde e tantos outros?
Quantos presentes e bênçãos de Deus são ignorados porque não vêm embalados como gostaríamos?
As necessidades são muitas. Seja quem for poderia mencionar, num piscar de olhos, seus desejos e suas necessidades.
A preocupação com elas é tão grande, que nem se repara quantas riquezas e dons são recebidas a cada dia.
A atitude mais comum, ao longo dos dias é a lamúria e queixa pelos desejos não realizados, afinal desejos não realizados são contrariedades que incomodam.
O que vale agir impetuosamente, vendo frustrada uma vontade, um gosto e dominado pela cegueira da ambição ser ingrato com a Providência que, apenas aparentemente, não satisfez uma aspiração?

Nós escolhemos o que desejamos, mas quem decide é Deus e, tenhamos certeza, Ele só concederá se o que escolhemos é bom para nós. 
Se alguém duvida disso é só analisar quantos fatos aconteceram em sua vida sem que ao menos compreendesse o motivo no momento e só, após muito tempo, percebeu ter recebido um verdadeiro livramento de Deus, através daquele fato em sua vida!
Se a primeira atitude diante de uma contrariedade é revolta, sem mesmo procurar um significado mais profundo para o episódio, há o risco de apagar-se a chama viva da fé e esperança que está dentro de cada um e que se revela aos outros pelo brilho emanado através da serenidade. É isso: quem possui fé é sempre sereno, em qualquer circunstância.
Deve-se sempre analisar com profundidade cada episódio da vida, mesmo os mais adversos, como oportunidade única de demonstrar esperança e fé incondicional à vontade de Deus, sabedores de que um pai que ama sem medida cada um de seus filhos, nunca desampara nenhum deles.

Deus é um Deus do presente, pois Ele mesmo se auto denominou: "Eu sou Aquele que é". 
Quem vive do passado exprime amargura e sofrimento, porque o sofrimento reside sempre em recordações do passado em especial se elas estão impregnadas de mágoas e ressentimentos.
Deus é um Deus presente e do presente e não do passado; é o Deus da serenidade e não da agitação e da brutalidade; é Deus da prosperidade e não da avareza; é Deus de amor e não do ódio.
Se hoje é Ação de Graças vamos agradecer, reconhecendo cada instante vivido, como a maior riqueza e como maior dom da divindade. 

Uma das formas de agradecer é viver plenamente o presente momento!
J. Rubens Alves

domingo, 24 de novembro de 2013

AMAR A VIDA


Cada um vive em sua existência experiências maravilhosas e outras não tão maravilhosas que, no entanto, em seu conjunto, serão importantes marcos vivenciais.
Seria possível existir alguém tão insensato a ponto de não amar a própria vida e não compreender que, como criatura, possui a linda oportunidade de viver, em plenitude, o maior dom que poderia ter recebido? 
Viver em plenitude não exige grande sacrifício além de reconhecer, através da sensibilidade, os grandes mistérios contidos nas mais singelas manifestações ao seu redor.
Embebidas em grandes mistérios, quantas manifestações podem despertar verdadeiro amor pela existência, desde o gosto de amar em si, de se ter e criar filhos, detalhes esses que tornam cada criatura partícipes da obra Criadora. 
E se não for nesse aspecto, então ama-se a vida pelo ler, pelo escrever. 
Ou o amor pela vida se traduz na alegria, pelo gosto de beber ou comer. 
Sente-se o amor à vida, ao caminhar sob o vento ou sob a chuva. Esse gostinho saboroso pela vida se sente ao representar uma peça, cantar ou chorar no cinema. 
Amar a vida é, para muitas pessoas, gostar de participar de festas, das refeições preparadas com esmero à luz de velas, na variedade de frutas na enorme bandeja, do vinho em abundância, de muita gente em companhia ao redor de um bolo para ser partilhado.
A satisfação e o amor pela vida pode estar diante de um simples prato de feijão com arroz e um ovo frito, resultado do abençoado do trabalho que realiza e do carinho com que foi preparado! 
Até mesmo o aroma de um café coado, do perfume de uma flor, também são expressões que fazem brotar no ser humano o amor pela própria existência.
Ama-se a vida através da super excitação da criançada ou, por incrível que pareça, da vida agitada e do corre-corre do trabalho. Ama-se a vida, em seu oposto, pelo silêncio, quando nele se busca um pouco de paz e tranquilidade. 

Ama-se a vida, na medida em que se retribui amor aos pais, simplesmente porque são pais e os filhos por serem simplesmente os filhos. 
Ama-se a vida quando se ama o marido ou a esposa, quando se tem o trabalho que proporciona pouco ou muito, mas a medida exata que necessitamos. 
Ama-se a vida quando se ama os amigos, os inimigos, o mundo e os homens se fixando todos num limite zerado de equilíbrio onde o ponto de referência é a Divindade que habita o interior de cada um.
Ama-se a vida quando se descobre, em meio a relativização dos valores que os sistemas do mundo propõem, que é a  vida, e somente ela, possui o valor absoluto sobre tudo: sobre dívidas, sobre relacionamentos, sobre efemeridades, sobre o luxo, sobre a vaidade, pois a vida possui a essência do Valor Absoluto, o próprio Deus!
E por ser o maior dom de Deus vale amar a existência, celebrar vida a cada momento, seja da forma que for
J. Rubens Alves