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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ARSENAL PERIGOSO


Sempre digo que os avanços da vida moderna interferiram muito na vida do ser humano. Os valores verdadeiros foram preteridos e deram lugar a falsas verdades e ensinamentos.
Muitos crescem num mundo fantasioso e irreal, no qual não se definem bem a os limites entre o certo e o errado, o bem e o mal.
As informações e novidades são tantas que é impossível assimilar tudo o que é oferecido. É, certamente, mais difícil do que antigamente administrar a vida cotidiana com todos esses avanços, pois se auxiliam na rapidez dos dados, prejudicam com a opressão que produzem sobre o ser humano.
O homem se tornou escravo do seu próprio tempo e de suas criações.
Claramente as instituições de ensino básico e fundamental, que deveriam trabalhar preferencialmente o lado humano dos jovens, estão perdidas em suas atividades fins.
Os educadores, antes verdadeiros mestres que repassavam aos seus alunos a bagagem rica de seus ensinamentos e informações suprindo-lhes as carências que traziam de seus lares e comunidade, indicando-lhes opções e caminhos novos, estão às voltas com um problema que parece insolúvel: o excesso de informações que os alunos trazem de fora para dentro das escolas.
Em suas surradas mochilas predominam não mais os tesouros contidos nos livros, mas parafernálias que encurtam o caminho para os resultados mais simples distanciando-os, cada vez mais, da normalidade dos jovens de antigamente.
É necessário reaprender a educar. Mais do que repassar informações aos jovens é preciso ensiná-los a administrar o excesso que já possuem, adquiridas sem critério algum, com seus arsenais tecnológicos.
J. Rubens Alves

sábado, 19 de fevereiro de 2011

APRENDER A ENXERGAR

Afinal quem somos nós, o que buscamos e como nos inserimos nesta pródiga Terra da qual somos somente peregrinos?
Enviaram-me uma breve estória e, mesmo desconhecendo a autoria, ela nos levará a refletir sobre o buscar nossa identidade.
A estória completa o texto anterior:
“Certo dia, um chinês chamado Chang tomou uma resolução: iria dedicar sua vida para meditação. Decidiu ir para um mosteiro no alto de uma solitária montanha, com objetivo de encontrar o entendimento e a iluminação.
Viajou muitos dias e, ao chegar frente ao portão principal do mosteiro, encontrou aquele que seria o seu mestre. Chang foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. Eufórico, dizia a todos:
- Vim para buscar minha iluminação.
Passado algum tempo, o novato monge Chang começou a ficar descontente com sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz. Procurou seu mestre e disse-lhe:
- Amado mestre, ensinaste muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.
E o mestre respondeu:
- Tudo bem, Chang. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei esperando você no portão principal do mosteiro.
No horário marcado, Chang encontrou o seu mestre. Ao sair do mosteiro, o mestre perguntou a Chang:
- Querido filho, o que estás vendo neste momento?
Ele respondeu:
- Mestre, vejo o orvalho da madrugada, o céu estrelado e uma lua maravilhosa e sinto o cheiro da flores.
Continuaram, em silêncio, descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o mestre pergunta:
- E nesta parte da montanha, o que está vendo?
Chang respondeu:
- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.
E assim continuavam a descer a grande montanha. Passadas algumas horas, o mestre voltou com a mesma pergunta, e Chang assim respondeu:
- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.
Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio-dia. E mais uma
vez, o mestre fez a mesma pergunta, e Chang respondeu:
- Mestre, agora vejo a bela montanha, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também uma criança feliz brincando com seus amigos.
Então o mestre lhe falou:
- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.
Espantado, Chang perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.
Respondeu o mestre:
- Porque você já encontrou o entendimento e a Iluminação.
- Como assim?
- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus odores, suas imagens, suas cores e sua vida. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminhada. A isto tudo, nós chamamos de iluminação. A cada degrau da vida você deve ser capaz de ver e sentir a beleza que ela oferece”.
O Belo é a expressão mais natural do Ser Divino. Se entendermos isso, nossos sentimentos se tornarão nossos olhos que penetram a verdadeira essência. Só é preciso aprender a enxergar.
J. Rubens Alves


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

VIDA RENOVADA

Existem tantas coisas simples que fazem bem a qualquer um que precise de combustível novo para sua chama interior.
A chama de vida começa a diminuir quando se perde a vontade de sonhar e se passa pelos momentos da vida sem ao menos notar as expressões de beleza e bondade ladeando o caminho.
Quem não possui sensibilidade para sentir esses detalhes sofrerá em uma caminhada longa, sem brilho e entusiasmo.
Será caminhada cega, sem focos de luz a iluminar os passos. Na escuridão não se conhecerá nem mesmo a própria identidade.
É preciso buscar entendimento e conhecimento das questões existenciais para, então, tornar nítida a própria identidade reconhecendo, em seguida, o que está em sua volta própria.
O conhecimento dessa identidade é que levará às mudanças marcantes na vida.
Diz um ditado: ninguém pesca sem molhar os pés!
Todas as mudanças trazem sofrimentos, mas só através delas será possível alcançar a liberdade. “É na fraqueza que se manifesta o poder” de renovação.
A liberdade do ser vem pela transformação de 'criaturas velhas em novas criaturas.
Como nova criatura se assumirá, efetivamente, a identidade divina que habita o interior de cada ser.
Em todo esse processo de conhecimento e renovação, percebe-se que Deus acende uma lamparina a cada passo, para que ninguém permaneça na escuridão, longe do entendimento e da compreensão de tantas maravilhas que são concedidas através de seu Amor Infinito.
E lá, bem lá no fundo, a chama viva que queima em cada um, nunca se apagará e refletirá luz aos que estiverem ao redor.
J. Rubens Alves